sábado, abril 25, 2009

Um Brinde.




















Brindo a Solidão que me domina
Corpo e mente largados aos demônios do escuro
Não vejo nada, não sinto nada
Essas correntes me arrastam mais e mais às trevas.
O sangue que escorre dos meus pulsos
Banha meu corpo em vida.
Abro os olhos, continuam fechados.
Fecho os olhos, continuam abertos
A dor de estar longe de tudo
É a mesma que me mantém vivo
Em meio ao mundo das trevas e dos demônios
Suplico a voz no meu ouvido que me mate
O doce aroma da morte agora me da sede
Aqueles gemidos e gritos de dor agora soam como uma sinfonia
Não posso mais quebrar essas correntes que me controlam como marionetes
Minha não-vida agora é eterna
Brindo a Solidão dos Cainitas
Dos que agora faço parte
Dos que me mataram e me deram a vida eterna
Daqueles que amaldiçôo, e ao mesmo tempo abençôo.
Um brinde a todos nós