Mais um dia se passou, e o tempo que não volta mais ecoa na minha cabeça. Ah como eu queria voltar 10 anos no tempo, aquele tempo que eu era feliz e não sabia, correr, andar de patins, brincar, se divertir a vontade, sem ter preocupações com colégio, trabalho, provas, futuro. O tempo em que sem saber, eu vivia sabendo aproveitar um dia de cada vez. Saudade daquele tempo que não volta mais. A vida devia ser com segundo Chaplin, “nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso. Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara pra faculdade. Você vai pro colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando”.
Meus pais sempre me ensinaram que as responsabilidades devem vir primeiro do que a diversão, mas porque fazer isso se o próprio ciclo da vida não é assim? Talvez porque a vida de uma forma generalizada é injusta, ou não.
Talvez onde que queria chegar fazendo você ler isso, é fazê-lo parar por cinco minutos, respirar profundamente em silencio e pensar na sua infância. Sentir aquela saudade do tempo que não volta mais, relembrar aqueles dias gostosos, em que você corria, brincava de peão, bolinha de gude, pega-pega, esconde-esconde. Enfim, pare e pense um pouco naqueles dias que você não precisava se preocupar com nada. Tenho certeza que vai lhe fazer bem!
Boa Noite.
